É vista quando há vento e grande vaga
ela faz seu ninho no rolar da fúria
E voa firme e certa como bala
As suas asas empresta à tempestade
Quando os leões do mar rugem nas grutas
Sobre os abismos passa e vai em frente
Ela não busca a rocha o cabo o cais
Mas faz da insegurança sua força
E do risco de morrer seu alimento
Por isso me parece imagem justa
Para quem vive e canta no mau tempo.
Sophia de Mello Breyner
(Geografia)
quinta-feira, abril 23, 2009
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário