A diminuição da disponibilidade de água doce causada pelo esgotamento dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos a nível global deu origem, em 2009, a um surto de projectos de produção de água potável através da dessalinização da água do mar e de reaproveitamento de águas residuais.
Actualmente a tendência para que a procura de água exceda a oferta é cada vez maior a nível global à medida que se assiste ao esgotamento dos recursos hídricos subterrâneos e superficiais, e os padrões de precipitação se tornam pouco previsíveis.
Com efeito, um relatório de 2006 concluiu que 1/3 da população sofria os efeitos de um ou outro tipo de escassez de água, problema que a meio do século se alastrará a metade da população global, em parte como consequência do crescimento populacional e dos novos estilos de vida de que fazem parte produtos cuja produção envolve um elevado gsto de água, como é o caso da carne.
A solução encontrada para o problema, face aos elevados custos dos transvases e ao seu carácter controverso, e como consequência da evolução das tecnologias, passa pela produção de água doce através da dessalinização da água do mar e pela reutilização de águas residuais, cujos custos têm vindo a sofrer uma redução.
Segundo um estudo recente de uma instituição britânica – a Global Water Intelligence – em 2009 registou-se um novo máximo na produção de água limpa - 9,5 m3 por dia - com projectos variados a surgirem tanto em países em desenvolvimento como a Algéria, a Índia e o Gana, como em países desenvolvidos com cidades sobrepovoadas, como Dublin e Londres.
Apesar dos avanços tecnológicos, existem várias objecções à produção de água limpa sob o ponto de vista ambiental. O WWF já manifestou preocupação pela instalação de infraestruturas em zonas costeiras e em zonas húmidas que são sensíveis do ponto de vista ecológico. Por outro lado, argumenta-se que água do mar a ser extraída é rica em microorganismos que serão afectados. A libertação de substâncias químicas utilizadas no produção de água limpa como resultado das descargas e as questões relacionadas com a energia necessária para a alimentar os equipamentos são outras preocupações.
Fonte: www.guardian.co.uk
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