A alcateia de lobos de Leomil, a sul do rio Douro, corre o risco de extinguir-se com a construção do Parque Eólico do Douro Sul, alerta a Quercus. Composto por 103 aerogeradores, o futuro parque será instalado nas serras de Leomil e da Nave (concelhos de Moimenta da Beira e Sernancelhe), bem no centro do habitat do lobo, afectando o seu território de distribuição, nomeadamente as zonas de reprodução e refúgio.
Actualmente, o lobo-ibérico (Canis lupus signatus) possui em Portugal uma população reduzida, de 300 indivíduos, restringida à região norte. Apesar de ser uma espécie protegida, prioritária para a conservação, as suas populações encontram-se em declínio, devido à perseguição por parte de agricultores e caçadores, ao extermínio das suas presas selvagens e à fragmentação e destruição dos territórios.
O parque eólico põe em xeque a viabilidade "dos únicos grupos reprodutores estáveis de lobo em todo o núcleo populacional a sul do rio Douro (actualmente estimado em não mais de cinco ou seis alcateias)", diz a Quercus.
A colocação das torres, a abertura de novos caminhos e a instalação de linhas de alta tensão irão perturbar e danificar os habitats de vida selvagem. No conjunto serão "afectados mais de 60% do território da alcateia, incluindo as suas zonas de reprodução e refúgio, pondo assim em causa não só a estabilidade reprodutora mas também a manutenção e sobrevivência de toda a população".
O próprio Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade reconhece o perigo e deu parecer desfavorável ao projecto. Mas a Secretaria de Estado do Ambiente já deu luz verde à instalação do parque.
Actualmente, o lobo-ibérico (Canis lupus signatus) possui em Portugal uma população reduzida, de 300 indivíduos, restringida à região norte. Apesar de ser uma espécie protegida, prioritária para a conservação, as suas populações encontram-se em declínio, devido à perseguição por parte de agricultores e caçadores, ao extermínio das suas presas selvagens e à fragmentação e destruição dos territórios.
O parque eólico põe em xeque a viabilidade "dos únicos grupos reprodutores estáveis de lobo em todo o núcleo populacional a sul do rio Douro (actualmente estimado em não mais de cinco ou seis alcateias)", diz a Quercus.
A colocação das torres, a abertura de novos caminhos e a instalação de linhas de alta tensão irão perturbar e danificar os habitats de vida selvagem. No conjunto serão "afectados mais de 60% do território da alcateia, incluindo as suas zonas de reprodução e refúgio, pondo assim em causa não só a estabilidade reprodutora mas também a manutenção e sobrevivência de toda a população".
O próprio Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade reconhece o perigo e deu parecer desfavorável ao projecto. Mas a Secretaria de Estado do Ambiente já deu luz verde à instalação do parque.
O grande problema tem a ver com as prioridades. Quando o lucro económico de uns poderosos falam mais alto do que a riqueza que é a diversidade biológica, está tudo dito. E é pena. Neste país (e não só), enquanto tivermos umas palas de lado e não se tiver em contacto o global, caminharemos alegremente para o abismo ecológico. Temos muita pena do que está a acontecer ao lobo.
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