quinta-feira, dezembro 03, 2009

CORTE DE 40% NAS EMISSÕES DE GASES DE EFEITO DE ESTUFA É POSSÍVEL

A conclusão é de um estudo levado a cabo pelo Instituto do Ambiente de Estocolmo em conjunto com a associação Amigos da Terra Europa, que avaliou o que seria necessário para cumprir as metas de redução essenciais para evitar a catástrofe climática.
Actualmente, a UE tem sobre a mesa de negociações uma proposta para reduzir as suas emissões em 20% até 2020, mas um estudo realizados pelo Instituto do Ambiente de Estocolmo e pela associação Amigos da Terra, afirma que é possível duplicar esse valor.
Segundo a comunidade científica para evitar uma catástrofe climática é essencial que se consigam reduções nas emissões na ordem dos 40% em 2020, e o relatório agora apresentado - “A contribuição da Europa para o desafio climático – acções domésticas e obrigações internacionais para proteger o planeta" - mostra como é possível atingir esse objectivo e a meta de redução dos 90% em 2050.
O estudo apresenta uma rota que permite atingir os objectivos de redução através melhorias radicais em termos de eficiência energética, aceleração do abandono dos combustíveis fósseis e alterações no estilo de vida das populações que passam, por exemplo, pela redução do uso do automóvel em 75% das situações para apenas 43% das ocasiões.
Por outro lado, foi avaliado o investimento necessário para mitigar os impactos das Alterações Climáticas na Europa entre 2010 e 2020, que seria o equivalente a um custo de 2 euros por dia e por cidadão. Simultaneamente, a contribuição da UE para o financiamento a ser atribuído aos países em desenvolvimento para o mesmo efeito equivaleria a menos de 3 euros por cidadão europeu e por dia.
Segundo afirmou Charles Heaps, autor principal do estudo agora apresentado “A nossa análise revela que cortes profundos das emissões podem ser conseguidos na Europa a um custo razoável entre hoje e 2050, mesmo adoptando uma visão conservadora no que toca ao desenvolvimento tecnológico. A escala e velocidade das alterações necessárias podem parecer assombrosas, e vão certamente exigir a mobilização das economias europeias, mas os custos potenciais da inacção são tão grandes que não fazer nada apresenta-se como um caminho de longe mais implausível e perigoso para a Europa”.
Fonte: sei-international.org

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