quarta-feira, março 25, 2009

CANÇÃO DE CAVALEIRO

Córdova.
Longínqua e só.

Égua negra, lua cheia,
Azeitonas no alforge.
Embora saiba os caminhos
nunca chegarei a Córdova.

Pelo vento, pelo plaino,
Égua negra, lua rosa.
A morte está a fitar-me
das altas torres de Córdova.
Ai que caminho tão longo!
Ai minha égua corajosa!
Ai que a minha morte espera-me
antes de chegar a Córdova.

Córdova,
longínqua e só.


Frederico Garcia Lorca
(tradução de José Bento)

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