quinta-feira, agosto 27, 2009

PERITOS SUECOS ALERTAM QUE BENEFÍCIOS CLIMÁTICOS DO TGV SÃO MÍNIMOS

26.08.2009 de «PÚBLICO »
Será “mínima” a redução das emissões de dióxido de carbono (CO2) conseguida através da construção das redes de comboios de alta velocidade na Europa e estas não podem ser consideradas uma política ambiental realista, conclui um estudo de um grupo de peritos suecos, publicado na sexta-feira passada.
O Grupo de especialistas sobre estudos ambientais – organismo independente na alçada do Ministério sueco das Finanças - acredita que investir nestas redes não constitui uma estratégia viável para combater as alterações climáticas. O investimento deveria, isso sim, ser aplicado no sistema de comércio de emissões.O comboio é tido como um meio de transporte menos poluente do que o automóvel. Mas os benefícios ambientais dos comboios de alta velocidade já não são tão claros. Björn Carlén, porta-voz do Grupo, explicou ao site EurActiv.com que lamenta que os promotores dos projectos de linhas ferroviárias de alta velocidade os justifiquem com base nos benefícios ambientais. “As razões positivas que motivam estes investimentos podem ser numerosas. Mas a redução das emissões de CO2 não é uma delas”.Mas este alerta não é desconhecido das organizações de defesa do ambiente. Em França, por exemplo, há várias organizações que denunciam os elevados custos financeiros e ambientais da construção das redes de comboios de alta velocidade e defendem, em vez disso, a modernização da rede ferroviária existente.Ainda que o relatório diga respeito ao cenário sueco, “as conclusões podem ser aplicadas aos outros países europeus ou a estratégias de investimento semelhantes”, explicou Carlén. Actualmente na presidência da União Europeia, a Suécia tem em cima da mesa projectos de linhas de TGV – para ligar o Sul ao Oeste da Europa – que são considerados prioritários. Ao mesmo tempo, enfrenta a difícil missão de pôr os 25 Estados membros a falar a uma só voz antes da conferência climática das Nações Unidas, a realizar em Copenhaga em Dezembro. Daqui deverá sair o sucessor do Protocolo de Quioto, que expira já em 2012.

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