Eu, Rosie, eu se falasse eu dir-te-ia
Que partout, everywhere, em toda a parte,
A vida égale, idêntica, the same,
É sempre um esforço inútil,
Um voo cego a nada.
Mas dancemos; dancemos
Já que temos
A valsa começada
E o Nada
Deve acabar-se também,
Como todas as coisas.
Tu pensas
Nas vantagens imensas
De um par
Que paga sem falar;
Eu, nauseado e grogue,
Eu penso, vê lá bem,
Em Arles e na orelha de Van Gogh...
E assim entre o que eu penso e o que tu sentes
A ponte que nos une - é estar ausentes.
Reinaldo Ferreira
( musicada pelo Fausto, anos depois.)
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Adorei o poema todo. Mas o último verso é magistral. Se tudo acaba em nada; até o nada se acaba; é sempre um esforço inútil, um voo cego ao nada... é melhor ficar nessa ponte que une os ausentes!
ResponderEliminarFicou lindo musicado pelo Fausto!
"E assim entre o que eu penso e o que tu sentes...."
ResponderEliminarLindo...como é importante o diálogo franco e honesto.