24.02.2010 AFP, PÚBLICO
As Nações Unidas saudaram hoje a “excelente cooperação” entre a China, Rússia, Cazaquistão e o Irão, que deverá permitir salvar da extinção o grou-siberiano (Grus leucogeranus), uma majestosa ave extremamente ameaçada.
“O futuro do grou-siberiano parece estar bem melhor graças aos esforços da China, do Irão, da Rússia e do Cazaquistão”, quatro países situados nas rotas de migração desta grande ave, declarou Claire Mirande, responsável pelo programa de conservação, apoiado pelo Global Environment Facility (GEF) e implementado pela Fundação Internacional para os Grous, através do Programa das Nações Unidas para o Ambiente (Pnua) em Nusa Dua, ilha indonésia de Bali.De penas brancas e com 1,40 de altura, o grou-siberiano é considerado uma espécie Criticamente Ameaçada, com uma população estimada de três mil a 3500 indivíduos. Sete das 15 espécies de grous do planeta estavam ameaçadas de extinção na década de 1970.Nas suas migrações anuais, esta ave percorre uma distância de cinco mil quilómetros desde os seus locais de nidificação no Norte da Sibéria em direcção ao Irão, ou ao Sul da China. Durante estas imensas viagens, os grous sobrevoam algumas das montanhas mais altas do planeta e alguns dos desertos mais secos.Realizado pelo Pnua entre 2003 e 2009, o programa internacional permitiu “garantir a conservação e reabilitação de uma rede de 16 zonas húmidas, cerca de sete milhões de hectares [uma superfície semelhante à da Irlanda], em duas principais rotas de migração”, explicou Mirande. Grande parte destas zonas está ameaçada por fenómenos de seca.Este programa, orçado em 46 milhões de dólares (cerca de 33,8 milhões de euros), vai ainda beneficiar outras espécies de aves aquáticas migradoras, como cegonhas, gansos, patos e garças, cujas populações estão em forte declínio na Ásia, informou o Pnua.Este ano celebra-se o Ano Internacional da Biodiversidade e a história do projecto está contada num livro que o Pnua publicou hoje em Bali, “Safe Flyways for the Siberian Crane”.“Este projecto salienta de que forma a conservação da biodiversidade e as preocupações humanas vão de mão dada, um pensamento chave para relembrar neste Ano da Biodiversidade”, comentou Achim Steiner, director-executivo do Pnua.
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