quinta-feira, março 25, 2010

TEMPO DAS MAGNÓLIAS

(Fotografias de Alberto Guimarães)

2 comentários:

  1. OLHANDO AS MAGNOLIAS...

    Na manhã, e na harmonia duma tela
    onde pinto as caricias, o teu beijo
    de madrugada.

    Que manhã com cheiro a jasmim, salpicadas
    de margaridas de flautas e ondulando
    num esvoaçar de colibri.

    Nas trevas aclaradas de cheiro e beija-flor
    nessa miragem estavas lá
    no ontem entre a laranja e o mel
    entre o sossego e corais imaculados
    de bordados e marfim, estavas lá,
    senti o teu intenso sangue
    na neblina do teu poema.

    A tua loucura preenche o meu ventre de palavras
    que escrevo no azul dum sonho feroz.

    Não sentes a seda em desalinho na cama
    redonda onde te despi e te pensei amar?
    Não, não deves sentir porque o teu deserto
    é onde respira o silencio duma flor...

    Ah poeta acrobata da vida
    feiticeiro de buzios e conchas
    o teu desalinho incendeia os seios fartos
    do meu corpo, numa maré de linho e cristal.

    Deitas-te na nuvem numa caricia abandonada
    rente ás mãos que tocam a pele, a tua pele
    nos lábios inchados de beijos e ninfas em perfeito
    movimento.

    Num sobressalto, eu espero que a madrugada te acorde para mim...

    Caro peregrino... envio pra ti esse poema tão belo de Amália Lopes

    ResponderEliminar
  2. Parabéns ao fotógrafo e, concordo plenamente com o que refere o anónimo.Excelente poema.

    ResponderEliminar