sexta-feira, janeiro 22, 2010

GROUS

«...Aí vêm os Grous». Chegavam efectivamente as aves pardacentas, coloridas pela luz do crepúsculo, com as asas enfeitadas de grandes penas flutuantes e com poupa vermelha na nuca. As grandes aves de patas compridas, de pescoços delgados e elegantes e cabeça pequena (...) deslizavam para a frente e voltavam para trás, num voo que era dança. Com as asas elegantemente abertas, moviam-se com rapidez incompreensível. O seu bailado tinha tanto de estranho como de singular. Dir-se-ia que eram sombras cinzentas, entregues a um movimento que os olhos não podiam seguir nitidamente, movimento que parecia ter-lhe sido ensinado pelas brumas que flutuam sobre os pântanos desertos.»

Selma Lagerloff, A Viagem Maravilhosa de Nils Orgersson Através da Suécia

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