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quarta-feira, março 17, 2010
UNIÃO EUROPEIA FALHA META DA BIODIVERSIDADE
Diário de Notícias, 16/3/010
Deveria cumprir-se este ano, mas o Conselho de Ministros do Ambiente da União Europeia (UE) e o comissário para aquela área, Janez Potocnick, foram obrigados a reconhecer que a meta dos 27 para a biodiversidade no espaço europeu falhou. "Não cumprimos o nosso objectivo para 2010", admitiu ontem, em Bruxelas, o comissário Potocnick, notando: "Não podemos repetir o erro."
O erro dos 27 da UE foi não terem posto em prática planos para travar a perda de biodiversidade no espaço europeu, como se tinham proposto para esta altura. O Conselho de Ministros adiou assim para 2020 a concretização dessa meta e solicitou à Comissão Europeia um plano de acção.
BORBOLETAS EM RISCO NA EUROPA
Filomena Naves em Diário de Notícias /Ciência hoje.
Grande-branca-da-madeira encontra-se entre as várias espécies mais ameaçadas
Um terço das 482 espécies de borboletas da Europa sofreu um declínio visível na última década e 9% (43) estão agora gravemente ameaçadas de extinção, enquanto outros 10% (48) se encontram na fronteira desse perigo. Uma das que está à beira da extinção é uma borboleta branca da Madeira. Estes são dados da "Lista Vermelha das Borboletas Europeias", elaborada pela IUCN - International Union for Conservation of Nature, em colaboração com a União Europeia (UE), que foi divulgada ontem.
A grande-branca-da-madeira (Pieris wollastoni), borboleta única que só existe naquela ilha portuguesa, é uma das 43 espécies destes insectos que se encontram em situação crítica na Europa. Não é avistada há mais de 20 anos e há até quem já a tenha declarado extinta (ver caixa). Para inverter o problema que está a afectar estas espécies na Europa, a IUCN propõe no relatório que se invista, entre outra medidas, na protecção dos habitats, com a melhoria das políticas agrícolas, e na monitorização mais apertada das espécies ameaçadas.
A perda acelerada de habitats, com alterações drásticas nas práticas agrícolas, quer pela sua intensificação em algumas regiões quer pelo abandono noutras, é justamente um dos problemas- -chave para explicar o que está à acontecer às populações de muitas espécies de borboletas europeias. Mas as mudanças climáticas, sobretudo pelas secas mais intensas que acarretam, e a crescente pressão turística também estão entre os culpados do panorama pouco animador traçado no relatório da IUCN.
"A maioria das borboletas em risco são do Sul da Europa", adiantou Annabelle Cuttelod, a coordenadora da "Lista Vermelha Europeia" na IUCN, sublinhando que "a sua principal ameaça é a perda de habitat, a maior parte das vezes provocada por alterações nas práticas agrícolas, tanto pela intensificação como pelo abandono, ou devido às alterações climáticas, fogos florestais e a expansão do turismo".
De acordo com o levantamento feito pelos especialistas, é a prática intensiva da agricultura, que surge no topo das ameaças às espécies de borboletas europeias (afecta mais de 30 espécies), seguida de perto pelo abandono da terra (mais de 20 espécies afectadas) e pela mudança climática, sobretudo por causa das secas, com duas dezenas de espécies a sofrer impactos negativos em consequência deste problema.
Além do seu valor próprio, enquanto riqueza biológica, "as borboletas são importantes indicadores de biodiversidade e desempenham um papel importante nos ecossistemas, nomeadamente através das suas actividades polinizadoras", lê-se no relatório. Ou seja, o declínio acentuado das populações de um terço das borboletas europeias verificado durante o século XX, e que se prolongou até hoje, não é um bom sinal do ponto de vista da saúde dos ecossistemas onde esse declínio se manifesta.
Considerando apenas o território europeu da UE a 27 - o relatório faz essa especificação -, os especialistas contabilizam um total de 451 espécies de borboletas. Destas, 37 (8,5%) estão ameaçadas. Em Portugal existem 147 espécies de borboletas e, aparte a grande-branca-da-madeira, não existe mais nenhuma em risco crítico de extinção.
Multiplicar acções de protecção dos habitats é a palavra de ordem para o futuro imediato.
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terça-feira, março 02, 2010
ÁREA DE AGRICULTURA BIOLÓGICA NA UNIÃO EUROPEIA AUMENTOU 21% ENTRE 2005 E 2008

01.03.2010
PÚBLICO
A área que ocupa a agricultura biológica na União Europeia chegou aos 7,8 milhões de hectares em 2008, depois de ter registado um aumento de 21 por cento entre 2005 e 2008, segundo dados do Eurostat divulgados hoje.
Em 2008, os cinco Estados membros com a maior área de agricultura biológica na UE a 27 eram Espanha (1,3 milhões de hectares), Itália (mil milhões), Alemanha (900 mil), Reino Unido (700 mil) e França (600 mil). Portugal tinha 233 mil hectares, ou seja, três por cento do total da UE.
De acordo com os dados do Eurostat, em 2007 a área de agricultura biológica representava apenas 4,1 por cento da área agrícola total na UE. Os países com maior proporção de culturas biológicas eram, nesse ano, a Áustria (15,7 por cento), a Suécia (9,9 por cento) e Itália (8,9 por cento). Em Portugal, essa percentagem era de 6,7 por cento.
Entre 2007 e 2008, a área biológica aumentou em todos os países, à excepção de Itália.
Ainda segundo o Eurostat, em 2008, a cultura agrícola mais cultivada eram os cereais, representando 44 por cento da área agrícola orgânica.
Relativamente a Portugal, os cereais representavam 74,7 por cento da produção nacional biológica, seguidos da forragem (23,3 por cento), culturas indústriais (1,9 por cento) e legumes (0,1 por cento
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terça-feira, janeiro 05, 2010
PAÍSES EUROPEUS PREPARAM NOVA REDE ELÉCTRICA PARA ENERGIA VERDE

Por Lusa
Nos próximos anos serão estendidos diante das costas alemã e britânica milhares de quilómetros de cabos submarinosNove países da União Europeia querem criar uma rede de abastecimento ultramoderna com recurso exclusivo a energias renováveis, projecto avaliado em 30 mil milhões de euros, noticia hoje o matutino Sueddetusche Zeitung.A rede agrupará 65 centrais energéticas da Alemanha, Bélgica, Dinamarca, França, Holanda, Irlanda, Luxemburgo, Noruega e Reino Unido.O projecto, já considerado por observadores a resposta da União Europeia ao fracasso da Cimeira de Copenhaga sobre a Protecção do Clima, no mês passado, destina-se sobretudo a equilibrar o abastecimento com energia eólica, hidráulica e solar, e a evitar oscilações no mesmo, refere a publicação germânica.Para criar a nova rede, serão estendidos nos próximos dez anos milhares de quilómetros de cabos submarinos de alta tensão diante das costas alemã e britânica.Os cabos permitirão transportar energia eólica recolhida nestes países, e também energia hidráulica da Noruega, do Mar do Norte, até ao coração da Europa, adianta o Sueddeutsche Zeitung.Rede actual sem condições para armazenar eólicaUm especialista em questões energéticas da organização ambientalista Greenpeace, Sven Teske, saudou a iniciativa, sublinhando que a actual rede energética europeia já não está em condições” de armazenar a energia dos parques eólicos existentes, e que é urgente ampliar a rede em questão.A decisão de criar a nova rede energético-ambiental foi tomada por representantes dos países participantes já em Dezembro, numa reunião na Irlanda, segundo o matutino de Munique.De acordo com o Ministério da Economia alemão, a iniciativa arrancará ainda este mês, com o encontro de vários grupos de trabalho. No primeiro trimestre de 2010, seguir-se-á uma reunião de representantes ao mais alto nível.Até ao próximo Outono, os governos integrantes tencionam ainda assinar uma declaração de intenções e um calendário de implementação do projecto, disse o porta-voz alemão.A maior parte dos custos serão suportados por empresas privadas, e por isso participarão nas negociações desde o início responsáveis de grandes consórcios energéticos europeus, disse a mesma fonte.Para 9 de Fevereiro, está já agendado um primeiro encontro na Alemanha de coordenadores do projecto, que será presidido pelo ministro germânico da tutela, Rainer Bruederle.
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segunda-feira, maio 25, 2009
EUROPA

Em plena campanha eleitoral para o Parlamento Europeu, ainda não se viu interesse, preocupação e muito menos propostas dos candidatos portugueses a deputados sobre todas estas matérias. Ou andará distraído o Peregrino?
Como se costuma dizer: voltaremos ao tema!
--Claramente assiste-se a um momento importante para as questões ambientais na Europa. Há uma «Europa do Ambiente»? Seria demasiado optimista afirmá-lo.
Mas há mesmo uma Europa com um grave problema de impasse quanto às questões institucionais, sem saber se deve avançar para uma solução mais federal ou acabará, mais modestamente, por conformar-se com aquilo que tem— com o perigo de um retrocesso, que algumas pulsões nacionalistas parecem anunciar. Tudo isto tem implicações nos problemas ambientais, até porque a identidade europeia no plano global tem muito a ver com a consideração por temas como a globalização justa, o ambiente e a defesa dos direitos Humanos— tudo itens pouco presentes na agenda dos nossos aliados americanos (nos últimos tempos) e quase totalmente ausentes nos países «emergentes». Pode dizer-se que o ambiente pode dar à Europa:
--reforço de identidade no plano dos valores
--maior capacidade de articulação de um discurso coerente na cena internacional;
--oportunidade de demonstrar como se pode ter progresso com mais qualidade de vida e no respeito pelos valores naturais;
--oportunidade de desenvolvimento de fileiras económicas tão decisivas como as energias renováveis, a investigação científica mais diversa, turismo natural, etc;
--sustentação de um «modelo europeu» renovado tanto no plano social como no da qualidade de vida; na reorganização funcional das cidades e no ressurgimento do mundo rural em bases ecologicamente positivas;
Tudo isto terá de se reflectir na agenda europeia no mundo…as atitudes em sede de Organização Mundial de Comércio (OMC), as Nações Unidas e o pós-Quioto, as relações com a China e a Índia (dumping ambiental, imperativos ambientais e sociais nas exportações, Quioto de novo) e Europa-África (uma cimeira terá lugar em Lisboa durante a nossa presidência— irá introduzir os problemas africanos em termos de recursos naturais, reflexos da Política Agrícola comum nas economias rurais africanas, etc?). È que o Ambiente está hoje no centro das políticas de cooperação e solidariedade internacional, e não pode nem deve ser separado do combate à pobreza endémica em que vegeta uma tão grande parte da Humanidade.

O que tem acontecido:
--Plano europeu de eficiência energética— objectivo menos 20% de consumo de energia primária
--Esboço de política energética comum, com a sombra do nuclear a pesar sobre um quadro apesar de tudo com aspectos positivos;
--Iniciativa de redução dos gases com efeito de estufa— 20% como meta obrigatória até 2020 e possibilidade de negociação de mais 10% de redução caso as outras potências económicas adiram a objectivos semelhantes; A liderança europeia no combate às causas das alterações climáticas deve ser considerado um factor essencial do papel da Europa na cena mundial.
---Vitórias anti-trangénicos no Parlamento Europeu
--Maior intervencionismo da Comissão Europeia em relação aos governos— mais condenações e avisos por incumprimento das directivas ambientais; conflitos graves de que é o maior exemplo o caso da «guerra» entre a CE e a Polónia a propósito da construção da auto-estrada Via báltica que iria destruir ecossistemas de valor mundial.
--Algum avanço em termos da gestão dos recursos marinhos em termos sustentáveis, sendo que a CE não tem conseguido impor uma visão menos predadora às grandes frotas pesqueiras como a espanhola e a francesa.
--política europeia de protecção de solos e combate à desertificação— ainda embrionária.
--Ainda no Parlamento Europeu— aqui em relativo consenso com a CE— foi adoptada uma política de tratamento de resíduos que, pela primeira vez, deixa para o fim e mesmo assim só quando não há mesmo outra alternativa a queima de resíduos, dando-se ênfase à prevenção/ redução dos resíduos, só depois à reutilização e a reciclagem.
Estamos a entrar na contagem decrescente final da meta da EU de travagem da perda de biodiversidade no Velho continente; (2010)
Aguarda-se pela avaliação do cumprimento de directivas «revolucionárias» emanadas das instâncias europeias, como as que se referem à qualidade do Ar e da água – neste último caso impõem-se objectivos, por exemplo a qualidade das águas interiores e a gestão dos rios que dificilmente estarão a ser cumpridos com a determinação desejada.
Entretanto há impasses claros: a maior falha tem sido afinal de contas a adopção na prática do «desenvolvimento sustentável» apesar dos inegáveis avanços, porque não há a tal «horizontalidade» das políticas que fariam com que o Ambiente deixasse de ser objectivo só de departamentos específicos mas antes uma meta central de todos os sectores de actividade.
O que se passa na Agricultura afecta mais o Ambiente e a biodiversidade do que muitos outros temas tratados pelo comissário do Ambiente ou pelos ministros nacionais dessa pasta. O mesmo se dirá dos Transportes, ou da política energética.

Problemas emergentes como o dilema dos bio combustíveis— com consequências no quadro rural, tanto na Europa como nos «países pobres», em boa parte ainda por averiguar.
Os sucessivos «relatórios de avaliação» da Agência Europeia do Ambiente dão conta das deficiências e atrasos e, de uma maneira geral, acabam por reconhecer que globalmente «o estado do ambiente na Europa não tem melhorado». A urbanização difusa devorando o espaço rural, a perda de biodiversidade, a degradação dos solos, o aumento exponencial— em alguns países pelo menos— da quantidade de resíduos produzidos, as poluições «invisíveis» das dioxinas e outros compostos voláteis aos pesticidas que a agricultura intensiva acarreta, o domínio da rodovia na mobilidade europeia, são problemas comuns e generalizadamente presentes.
Estes problemas têm de ser encarados tendo em conta que também em política ambiental há vária «velocidades europeias» --os países do Sul vencendo com atraso e dificuldade os seus atavismos, o centro industrial da Europa com problemas em descolar da visão crescimentista que fez as suas velhas—e insustentáveis—glórias, o Leste recém-integrado com problemas específicos herdados e ainda com o receio de que o seu desenvolvimento acelerado se faça à custa do rico património natural que possuem.
As políticas europeias de Ambiente têm 30 anos de efectividade. (como curiosidade: a primeira directiva ambiental europeia data de 1967 e refere-se à classificação, embalagem e rotulagem de substâncias perigosas.)

Em 1972, a Cimeira Europeia de Paris apelou à elaboração do que veio a ser do primeiro programa de acção europeu neste domínio. Seguram-se cinco outros, sempre norteados por noções como «subsidiariedade» «princípio da precaução», e « integração». O plano agora vigente, o sexto, (2001-2010) reflecte também as profundas mudanças conceptuais havidas nas políticas públicas de Ambiente, e define como domínios onde é preciso reforçar a acção: poluição atmosférica, reciclagem de resíduos, gestão dos recursos, protecção dos solos, ambiente urbano, utilização sustentável dos pesticidas e ambiente marinho.
Bernardino Guimarães

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